2.11.09

USINA 21



07/11/2009 - Mackenzie - São Paulo, SP
http://www.usina21.com.br/

Valor: R$ 900,00
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brincadeirinha..

31.10.09

Peerdedorismo Gospel

GIZUIZ, APAGA A LUIZ!!!
SENHOR, DISLIGA O DISJUNTOR!!!
TIRE AS CRANÇAS DA SALA!! Tranque-as no porão (ou um lugar mais seguro).


Sinceramente nao tenho palavras para descrever tamanha patetice..
Fazendo muito, muito, mas muito esforço, dessa vez, guardarei meus 328 comentários para mim.
E se você também se esforçar bastante (muito mesmo), conseguirá assistir até o final.



E viva Jesus de Nazaré, digo New Jersey!!

28.10.09

29.9.09

O conto do Bom Argentino

Certa ocasião, um brasileiro levantou-se e perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?”. “O que está escrito na Lei?”, respondeu o Mestre. “Como você a lê?” Ele respondeu: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Disse o Mestre: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”.

Mas ele, querendo justificar-se, perguntou ao Mestre: “E quem é o meu próximo?” Em resposta, disse o mestre: “Um homem descia do Rio de Janeiro para Assunção, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um pastor. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um apóstolo; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um argentino, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois pesos ao hospedeiro e lhe disse: “Cuide dele. Quando eu voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver”.

“Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”. Depois de muito auto-contorcimento, caras e bocas, respondeu o brasileiro:
“O argentino, que teve misericórdia dele”.

26.9.09

Charges (2)


 
 

Não quero mais ser evangélico

Irmãos, uni-vos! – Pastores evangélicos criam sindicato e cobram direitos trabalhistas das Igrejas.” Esse, o título da matéria, chocante, publicada pela revista Veja de 9 de junho de 1999, anunciando a formação do Sindicato dos Pastores Evangélicos do Brasil.

Foi a gota d’água! Ao ler a matéria acima finalmente me dei conta de que o termo “evangélico” perdeu, por completo, seu conteúdo original. Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais ser praticante e pregador do Evangelho ( boas novas ) de Jesus Cristo, mas a condição de membro de um segmento do Cristianismo, com cada vez menor relacionamento histórico com a Reforma Protestante – o segmento mais complicado, controverso, dividido e contraditório do Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico, então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco de ser grosseiro.

Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou. Voltemos a ser adoradores do Pai, porque, segundo Jesus, são estes os que o Pai procura e não por mão de obra especializada ou por profissionais da fé. Voltemos à consciência de que o caminho, a verdade e a vida é uma pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus; de que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. Quero os dogmas que nascem desse encontro; uma leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo, e não uma leitura bibliólatra. Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter.

Chega dessa “diabose”! Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar; voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada.

Voltemos ao amor, à convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nos mesmos; voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas como membros do corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam, em profundo amor e senso de dependência; quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz. Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome “meu” mas o pronome “nosso”.

Para que os títulos: pastor, reverendo, bispo, apóstolo; o que estes significam se todos são sacerdotes? Quero voltar a ser leigo. Para que o clericalismo? Voltemos, sendo servos uns dos outros, aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; ao “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá estarei” de Mateus 18:20. Que o culto seja do povo e não dos dirigentes – chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos mas como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. Chega de ministérios megalômanos onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra!

Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos ao "instruí-vos uma aos outros” (Cl. 3:16).
Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou a ser uma Igreja que cresce, mas uma Igreja que aparece: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mt.5:16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras “todo o Evangelho ao homem... a todos os homens”. Deixemos o crescimento para o Espírito Santo, que “acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos”, sem adulterar a mensagem.

Chega dos herodianos, que vivem a namorar o poder, a vender a si e as ovelhas ao sistema corrupto e corruptor; voltemos à escola dos profetas que denunciam a injustiça e apresentam modelos de vida comunitária. Chega de corporativismo, onde todo mundo sabe o que acontece mas ninguém faz nada; voltemos ao confronto, como o de Paulo a Pedro (Gl.2:11) que dá oportunidade ao arrependimento e aperfeiçoa, como “o ferro afia o ferro” (Pv.27:17). Saiamos do “metodologismo”. Voltemos a “ser como o vento, que sopra como quer, se ouve a sua voz, mas não se sabe de onde vem e nem para onde vai” (Jo.3:8).

Não quero mais ser evangélico, como é entendido, hoje, neste país. Quero ser só cristão. Um cristão integral, segundo a Reforma e os pais da Igreja. Adorando ao Pai, em espírito e verdade, comungando, em busca da prática da unidade do “novo homem”, criado por Cristo à Sua imagem (Ef.2:15), e praticando a missão integral...

Texto de Ariovaldo Ramos

18.9.09

Sem sentido

Ludwig van Beethoven. Um dos maiores gênios e pilares da música ocidental, enfrentou inúmeras dificuldades físicas, financeiras e sociais, criando obras fantásticas, libertadoras, profundas e eternas. Acho que não preciso gastar meu tempo falando da vida dele e nem sua grandeza no campo das artes. Enfim, uma rápida leitura em sua biografia e torna-se muito mais fácil ver a infinidade do Deus criador nela, do que em quaisquer manifestações delegadas à Ele, que tanto vemos por aí.

Há 200 anos atrás, esse garotão produziu uma bagatela chamada Für elise ou "Para Elisa". Ao que tudo indica, a fez para uma senhora, a quem proporia casamento, chamada Therese Malfatti (Elisa seria um pseudônimo para evitar qualquer semelhança). Essa peça é mundialmente conhecida, é bastante complexa e tem uma intensidade que, se ouvida dentro do silêncio, pode nos emocionar profundamente.

Não sei se Beethoven tinha noção completa de sua capacidade ou da qualidade e profundidade de suas obras. Mas fico pensando o que ele pensaria se voltasse a viver conosco nos dias de hoje e, depois de se estressar amargamente com todo o caos tecnológico que, felizmente, não existia em sua época, ligasse para sua nova operadora de telefone e, após horas e horas sendo pentelhado, escutasse sua famosa Für Elise transformada em um barulhinho irritante. Ou então, estivesse em sua nova casa e, de repente, ver o tiozão do gás a 20 km/h na rua e... lá estava sua Für Elise amolando novamente.

Essa obra, como muitos outros casos, foram completamente (ou bastante) banalizadas. Já não soa como deveria soar. Já não nos toca como deveria nos tocar. Apenas quem a conhece no passado a aprecia com seu devido valor.

Isso tudo me levou a olhar o lado que mais tem efeito em minha vida. Durante 16 séculos a maior das obras foi escrita: a bíblia. A obra perfeita. As palavras transformadoras, os ensinos atemporais de um Jesus que era indignado com as barreiras da sociedade em sua época. E então me pergunto.. o que aconteceu com o valor, com o efeito, com o sentido de palavras e expressões como misericórdia, glória, aleluia, vaso, fogo, benção (ou bença), sangue de Jesus, setas, brecha, cabeça e cauda, vitória, campanha, explosão de milagres, abrir a tal porta, cura, restituição, apostólico, revelação, unção, pisar na cabeça do diabo, vontade de Deus, varão, servo, irmão, arca, semeadura e principalmente paz do Senhor (ou graça e paz pra ninguém se sentir excluído).

Muitas dessas palavras até foram inventadas por nós, de uma forma conveniente e tendenciosa. E ninguém mais suporta ouví-las. Irracionalmente, todos os dias essas palavras e expressões (a lista não tem fim) são vomitadas em discursos prontos e ninguém pensa no verdadeiro sentido e valor de cada. E, comparado à estorinha de Beethoven, tantas outras que possuem uma profunda carga semântica, como a Misericórdia, que é o sentimento profundo de dor e compaixão de Jesus por causa de nossa fraqueza resultando num ato intenso de amor e perdão, e são proferidas de forma banal e vulgar, como se já não valessem de nada.

Beethoven que nos desculpe. Deus que nos perdoe.

11.9.09

Fé feita


Há alguns anos atrás, uma historinha muito interessante aconteceu. Um pastor da Hillsong, chamado Michael Guglielmucci, filho de um pastor também famoso na parada, mentiu acerca de uma doença terminal que estaria passando.

Durante dois anos de emails e vômitos falsos, foi portador (voluntário) de uma leucemia pirata, enganando a igreja e sua família. Enfim, a doença falsa lhe rendeu muita fama, pois foi autor de uma música chamada The Healer (O Curador), na qual, transfere sua confiança para Jesus tirá-lo do suposto estado miserável. A música, obviamente, é bem "estilão Hillsong".. versos repetidos 184 vezes e ainda conta com uma melodia melodramática tocada por 43 violões e cantada por 76 pessoas.. Foi sucesso nas paradas dos irmãos e se tornou o hino da fé na terra do canguru. Além disso, arrecadou uma boa grana de royalties e doações para ajudar em seu tratamento.

Mas, com toda sinceridade, esse fato pouco me importa. Enganador por enganador, entre ele e a vergonha que vemos nas deturpações mentais causadas por alguns líderes religiosos brasileiros, fico com o Pr. Mike. Aliás, quem nunca usou uma mascarazinha, que atire a primeira pedra.. E, por mim, ele não deixaria de ser pastor, nem deixaria de ser cristão, como o pré-conceito da igreja evangélica normalmente age. Além do mais, falsear um câncer por dois anos na frente de milhares de pessoas poderia acontecer com qualquer um.. Enfim, sei que não fui um bom cristão em espalhar os podres do cara, mas é preciso contextualizar.

Nesse vídeo, ele aparece na igreja pra cantar tal música com um tubo de oxigênio ligado ao nariz. Agora, vendo um cara novo, com poucos dias de vida, ao som de uma linha melódica comovente e uma petição desesperada pela sua cura, nem gaúcho macho resiste.
Mas a questão é que o sensacionalismo premiado levou a massa à loucura, aos prantos, aos berros, e, durante todo esse tempo, houve um enorme mover (tem gente que adora essa palavrinha) de fé na igreja e que levaram a outros moveres..

É muito triste ver que a igreja precisa de um cara em suposto estado terminal que nos leve a êxtase emocional para acreditarmos na potencialidade do evangelho de Jesus. Baseamos nossa fé em possíveis resultados e que nem aconteceram ainda e nunca vão, porque nunca existiram.. Vivemos uma falsa fé. Uma fé cega e patética.

Vemos Deus onde queremos vê-lo.